quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Cotas

Faz algum tempo que as “cotas” entraram na moda no Brasil, é cota para isso, cota para aquilo e haja cotas… Sem essa! Cota é invenção de “populistas”, gentalha que se quer perpetuar no governo distribuindo esmolas, sem se importar com as conseqüências. Se a pessoa tem condição para um determinado trabalho que lute por ele, lute como os outros, sem vantagens indevidas e especiais. A melhor cota é a vergonha na cara, a luta por um ideal e a vitória pelo suor, o mais é comodismo de um lado e oportunismos de governos pútridos pelo populismo barato. E estamos conversados. À luta e à vergonha!

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Não se deixem levar

Era cedo pela manha. Eu estava bem, acho que estava bem. Andava pelo pátio, pensava vagamente no dia pela frente e não me posso dizer nervoso naquele momento, não naquele momento, afinal, eu teria o dia pela frente para ficar nervoso. De repente, o rapaz da entrega de jornais joga-me por sobre o muro a  assinatura da Folha do Pai. Foi o fim do meu relaxamento. Na página 22, caderno Mundo, estava a bomba me esperando.

E se a leitora pensa que faço graça com esse assunto, não me conhece. Fico furioso com assuntos que envolvem homens diante dos direitos das mulheres. Homens não, esses trastes que andam por aí, em estonteante maioria, pintando e bordando com a educação dada pelas “mãezinhas” e depois reforçada pelas jovens mulheres nos relacionamentos com esses embustes vestidos de homem, repito, maioria.

No Google fizeram um estudo para ouvir pessoas, ouvir sobre o que devem, ou deviam, e o que não devem fazer as mulheres. Eram frases que deviam ser completadas – As mulheres não devem… As mulheres devem… E por aí.

O que mais os estúpidos do mundo responderam foi que as mulheres não devem votar, não devem falar na igreja, não devem trabalhar fora, não devem estudar e por aí… Vagabundos. Mas se a leitora pensa que isso é coisa lá do outro lado do mundo, cuidado. Bem que o seu filho pode pensar – dissimuladamente – assim, haja vista os direitos a que ele se dá na relação de namoro. Sempre o “ditador”, sempre a vontade dele, ai dela que corte o cabelo, que saia com as amigas, que volte tarde…

As razões básicas desse barbarismo de homens “por metade” vêm das religiões, todas misóginas, criadas por homens impotentes, e vem da força física – maior – do homem. Só, não vem de nada ou ninguém mais. Reajam, gurias. Reajam enquanto vocês estão vivas, isto é, vivas mesmo ou solteiras, o que dá no mesmo…

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Um banho de fúria

Entrei para o banho e, claro, antes de ligar o chuveiro, liguei o rádio. Liguei onde estava e onde estava ficou, na mesma frequência, na mesma rádio, ah, para quê… Ah, mas preciso dizer que quando liguei o rádio tocava uma música de violinos que parecia vir do céu, foi por isso que deixei naquela rádio que eu nem sabia qual era.

Bastou-me, todavia, entrar no banho para que a música parasse e viesse um atrapalhão – é assim mesmo a palavra, atrapalhão – falar em nome do senhor, não sei de que senhor ele falava, mas falava muito do tal senhor… A certa altura, o biscateiro pôs-se a falar de pessoas com as vidas enroladas, tumultuadas, cheias de encrencas, doenças, pobreza, tudo, e dizia que tudo isso era o resultado de forças do mal. E que essas forças do mal podiam ser mandadas embora, para isso bastava que o ouvinte… E dizia o que tinha que fazer.

A que forças do mal o analfabeto se referia? Não existem forças do mal senão as que vêm da própria cabeça da pessoa. Nenhuma força externa me vai derrubar se a minha cabeça não me derrubar antes. Mas vá dizer isso para os broncos, vá. É por isso que os do trambique vivem cheios de dinheiro nos bolsos; claro, vivem à custa dos pobres tapados. Força do mal só há uma: a que está na minha cabeça, na tua, na dele, na do padre ou do pastor… Precisei terminar o banho para desligar o maldito rádio…

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

A vida e as roupas

Sentei para ler jornais e acidentalmente baixei os olhos, caíram sobre uma das minhas caixas de sapatos cheias de frases. Passou-me uma ideia pela cabeça. Deixei os jornais para depois, pensei um pouco e me ordenei. Fui a uma das caixas de frases e antes de pôr a mão lá dentro e tirar uma frase, fiz comigo mesmo aquele joguinho de crianças: a frase que sair será um sinal, afinal, acredito em sinais. Sabes o que saiu?

Saiu esta sentença, nada nova, mas eterna: – “A maioria das pessoas não têm necessidade de mais roupas. Elas compram não porque precisam, mas porque querem se manter na moda. Esqueça a moda! Compre o que você precisa. Vista suas roupas até que se estraguem pelo uso. Pare de tentar impressionar as pessoas com suas roupas, impressione-as com sua vida”. – Ah, essa última frase vale toda a idéia. Só que tem uma coisa: para impressionar pela vida que tenho – ou levamos – essa vida exigiu tempo, esforços, obstinações e, claro, um foco bem apurado sobre nossos objetivos. Muito difícil isso para a maioria que nem bula de remédios lê… É mais fácil, bem mais fácil impressionar, enganar os incautos, os desavisados, os que julgam as pessoas pelas roupas, pelos carros, pelas viagens tolas, de lazer barato, muito mais fácil é enganá-los com nossa “aparência”.

Bom não esquecer uma verdade que não pode ser negada, é a que nos lembra que damos um passo para trás quando nos defrontamos com uma pessoa competente e que quando abre a boca nos faz revirar os olhos a procura do que dizer… Competência, saberes, boa educação, bons modos “escandalizam” mas é também para bem poucos. Melhor então é dar uma passadinha ali na loja e fazer novas prestações, comprar uma roupa da moda. O que faz a maioria. Psss, falemos baixo!

Acostumados a perder

Muito difícil você ouvir uma frase que preste nas entrevistas de futebol, muito difícil. Ou porque os jogadores são quase todos, salvo raras exceções, analfabetos ou porque eles têm medo de falar um pouco mais, sabes como é… Mas dia destes ouvi um treinador dizer uma frase interessante. Se bem me lembro, foi o treinador do ASA, de Alagoas, se bem me lembro.

Ele disse que era preciso sacudir o time, que “os jogadores estavam acostumados a perder”… Não sei se ele se explicou mal ou se quis mesmo dizer o que disse. Gostei da frase e a trouxe para nós, leitora, leitor, para o nosso cotidiano. Muitos de nós também estamos acostumados a perder. E muitos ainda enchem o peito e dizem-se sem sorte, destino, Deus quer assim, e tolices rematadas como essas.

Isso é um modo “acostumado de ser e de viver perdendo”, como muitos jogadores e times no futebol. Quantos de nós vivemos repetindo que não temos sorte, que não temos jeito, que somos isso, somos aquilo, tudo para baixo? Essas pessoas esquecem que nascemos para a luz, para ser, para crescer, para não ter, enfim, limites.

Costumo dizer que o sujeito tem que entender que quem faz o salário é o próprio funcionário, a empresa oferece tanto, a pessoa aceita… Logo, foi ela quem fez o seu salário… Se a pessoa é competente e aceita ganhar pouco, de quem é a culpa?

Podemos ter uma vida afetiva mais gratificante, depende de cada um; ter uma saúde melhor, ter mais dinheiro no banco, mais estudos na cabeça, ser, enfim, um vencedor e não um “acostumado a perder”… Depende de quem?

Então, compadre, sem essa de estar acostumado a perder, a dar-se por vendido pelo “destino”, sem essa. Vamos para o campo e vamos para vencer!

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Pecado

Estava chegando à empresa quando um enorme pássaro preto, lindo mesmo, voou direto contra uma parede de vidro e caiu agonizante no nosso jardim. Morreu logo. Fiquei pensando: o que justifica o “destino” daquele bichinho? Que tipo de “pecado” ele cometeu para morrer de modo tão rude? A vida daquele bichinho não era diferente da vida de qualquer um de nós, de um magistrado do Supremo, por exemplo… Vida é tudo igual, por que o pássaro pagou aquele preço tão alto e cruel pela sua vida sem “pecado”? Ninguém me vai explicar a estupidez gratuita da vida e dos “destinos” diferenciados, ninguém, que ninguém tente…

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Nojo

Todos os anos é a mesma coisa, que nojo! Meados de Setembro, começam as dicas e reportagens nos jornais sobre como entrar em forma para o Verão que está chegando. Entrar em forma, claro, no corpo. Por que não entram em forma num novo modo de pensar a vida? De sair dos obscurantismos da moda, das tendências, das baladas, dos amores fajutos, das falsidades das aparências, hein, por que não isso? Entrar em forma, que nojo!